escrever um poema de amor numa noite de chuva
ou imaginar a esquina onde pela primeira vez te esqueci
ou ainda percorrer do teu colo aos teus lábios com os dedos cheios de sede
tudo isso nas penumbras de um quarto
desesperadamente a recuperar o atraso da escrita
como se o futuro apenas existisse amanhã quando
na verdade
o futuro existiu ontem quando estavas demasiado ocupado a imaginar o passado
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