dia 13

ouviu histórias de oráculos, macumbas e feitiços
e entrou no ritmo desses lunários ambíguos que poetas mudos espalham de madrugada

ouviu os relatos alegóricos de quem jura ter visto anjos e escutou-os dizendo que por eles foram mordidos como vampiros
e dessa ferida
sangrando agora somente lágrimas de água doce
tendo o sal evaporado pelas nuvens dúbias de um sonho
caminham sempre de costas voltadas para o mar mesmo que tenham sido condenados a viver para sempre numa ilha

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