e para trás ficou a sombra do teu corpo
esculpiste uma derradeira onda de bronze onde pousavam em equilíbrio precário pelicanos enormes
e foi a noite que tudo cobriu com seus cheiros de gente ébria e perdida
dançaste uma valsa e um tango e disseste poemas numa língua morta
e apostaste a vida com a única moeda que te restava numa roleta que não mais parou de girar
e até hoje
pendente
como os pelicanos sobre a onda
a tua existência espera o desfecho
Sem comentários:
Enviar um comentário