dia 284

tatuou-se a imagem na caverna dos olhos
de tão nítida e intensa
de tão viva e tão real

anos mais tarde
quando tudo o resto que lhe entrava pelo olhar já se perdia
essa paisagem reluzia como no primeiro dia

o que era nunca chegou a dizê-lo
mas um sorriso sereno sustinha-lhe o rosto quando lhe perguntava


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