dia 276

uma janela aberta sobre o mar e a outra ilha ao largo
uma cauda de baleia e uma gaivota em mármore que ondula
o silêncio de um vulcão velho escondido para lá das nuvens 

falta-me o engenho de dizer isto como deve de ser
mas não faz mal
tenho os olhos cheios e a transbordar
o deslumbramento é sempre fruto de uma emboscada da emoção 

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