dia 274

à deriva na véspera que insiste em durar
nadas como podes no mar branco do silêncio
tentas-lhe um eco um sopro um murmúrio um segredo

e a resposta é sempre igual
só uiva quem tem a alma a transbordar
por vezes ela aninha-se junto às sombras e penumbras

há que deixá-la em paz


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