cabem mais nuvens e cabe mais luz
e com isso se perde o olhar
naufraga porque se perde
e à deriva se reencontra até se despenhar num azul mais profundo ou num verde mais intenso
aqui sobra ar
porque nem o mais amplo dos suspiros esgota esta imensidão
sobram silêncios e estradas vastas que entram pela montanha
sobram orvalho e pedras negras que de terem passado pelo inferno repousam agora junto ao mar como se nada fosse
aqui sobra tempo
que se demora como quando um assombro se revela
e não mais pára de se revelar
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