Ultimamente um melro tem visitado a minha varanda. Chegou até a inspirar um texto algum tempo atrás.
Hoje, quando voltou, pus-me a pensar num poema que o exaltasse. Alguns versos que fizessem justiça a essa pequena ave que mais parece um pedaço de noite com uma estrela no bico.
Fiquei a olhá-lo e a pensar no simbolismo das coisas e de como debicava e saltitava no varão da minha varanda.
Quando, no meu íntimo, começava o esboço de um texto inspirado por este breu de pássaro, o melro, antes de esvoaçar, defecou.
Por isso optei pela prosa.
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