dia 130

uma palavra teima
insiste em revelar-se
obstina-se como a inevitabilidade do sono
e vence pelo cansaço
pela cisma

essa palavra escreve-se por dentro da pele
tatua-se no silêncio da alma onde empoeirados os traumas dormitam e é sempre um fim de tarde

não a digo nunca
mas ouço-a sempre

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