pergunto-me quantos passos deste antes de olhar para trás
e se te detiveste a ver o fogo que ateaste
e de longe
questiono-me
se te apercebes do voo das cinzas incandescentes que trepam pelas labaredas até se evaporarem em poalha e penumbra
se reconheces o meu corpo entre as chamas e se ouves o que eu não grito
se distingues os meus olhos na fogueira e se também dentro deles é possível que arda um outro incêndio e se é plausível que aí crepitem os meus versos
todas estas dúvidas me assaltam enquanto o lume se contorce e dança pela madrugada fora
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