epílogo

alega o teu silêncio
dá-lhe o lume brando das velas
afaga-lhe o calor e o lento passar do tempo

escreve-lhe versos
argumenta a tua solidão
diz-lhe que são irmãos

faz-lhe a vénia devida
abraça-o nas noites que não acabam
invoca os infinitos

ambos sem verbo
tu e ele
no fim disto tudo juntos na aurora
na manhã definitiva
no mar luminoso do epílogo

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