até amanhecer o teu cansaço
e na praia o vento chamar-te pelo nome secreto com que te batizaste na véspera
cai no manto da aurora
mesmo que a queda não acabe nunca
e que na vertigem te escapem os sonhos pelos dedos como num quadro de Dali
sua todo o ontem que devoraste no raiar do dia
destila-te além de ti
esgota-te para que nada reste para os necrófagos
nem uma única migalha
nem sequer uma reminiscência
sê menos que um triz
mas que valha a pena
Sem comentários:
Enviar um comentário