e o que foi perde-se na luminescência e na poalha brilhante da claridade
curiosamente o contrário não acontece
a luz não se perde no breu
ela apenas se cala
e mesmo quando se apaga
um eco cintilante retine nos confins dos devaneios
uma faísca dura eternidades
mesmo se fugaz
tatua-se na retina do soterrado
nunca o abandona
nunca o deserta
permanece
insiste numa teimosia inamovível
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