dia 347

tomou de assalto as paredes
e nas noites perdidas do verão
pelas esquinas e becos e ruelas
escreveu e pintou o mais que pôde
tatuou na urbe nocturna traços que o tempo foi engolindo

por vezes
nos meus passeios
reencontro um desenho ou um resto de frase numa fachada velha
e relembro-o
de como era louco e selvagem

e imaginário

Sem comentários: