e como uma aparição
revelou-se inesperada
era um poeta cego erguendo uma tocha
para quê
se era cego
perguntou-me o meu companheiro de bebida
por isso eu pensei em simbolismo
não o saberia explicar
um cego com archote
por que raio
talvez para os que não fossem cegos
para que o possam ver
já que ele não pode
ah
assim percebo
e
de acordo calámo-nos
bebemos até ser dia e o dono do bar nos atirar pela porta de volta ao mundo
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