dia 202

esculpi o meu próprio sonho
juntei nas mãos um pouco daquele vento raro que sopra de oriente
e quando a tarde se alonga na janela lá o formei entre os dedos
feito de brisa e sopro e olhar

adormeci no sofá para que ele definitivamente ganhasse forma
e então
a meio do sono
lá se narrou por dentro

o que me disse não sei
nunca me lembro dos sonhos

Sem comentários: