sempre igual
o olhar profundo e um sorriso muito subtil desenhado no canto dos lábios
continua a vaguear
percorre as noites junto ao porto e em cada esquina escreve nas paredes
entra em cada bar aberto e bebe até que o escorracem
lembro do tempo em que ia com ele
quando eu próprio lhe ditava o que escrever nessas paredes escuras
e quando era eu que pagava a conta do que bebíamos enquanto o atiravam pelas portas para o meio da rua
está igual
não mudou nada esta minha alucinação
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