dia 199

uma tarde

o mar rugia e serpenteava por entre o silêncio das pedras junto à praia
cuspindo sal contra o céu azul e quente
sal esse que depois caía sobre a areia para se evaporar ou ser recolhido por uma qualquer onda de regresso
colhido em espuma e poeira líquida que a língua do sol sorvia pela tarde interminável

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