um quadro imaginado
uma cadeira partida onde o velho se senta olhando nuvens indecifráveis
a sabedoria que o inunda cresce a cada trago de bagaço
e assim vai cosendo sesta atrás de sesta até o retalho fazer-se noite e ser hora de dormir
o absurdo de uma nódoa na camisa tão velha quanto ele
o copo já vazio tombado sobre o chão do alpendre onde uma última gota escorre para o chão
é uma tarde quente e de dentro da casa chega a voz rouca de um rádio
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