uma série de tridentes luminosos erguem-se sobre a praia
como se poseidon os tivesse semeado ao longo da costa
por trás
na escuridão da noite
revelam-se os abismos do mar e do céu
separados apenas por pequenas luzes de barcos ao largo
equilibrando-se no gume do horizonte em tremores reluzentes
ondulando na solidão da madrugada
é a hora da quietude e a bordo provavelmente alguém escreve
talvez escreva o que vê em terra
a tal linha de tridentes e de prédios
e que as luzes das janelas reluzem na noite escura
e que numa sala de uma dessas janelas
provavelmente alguém escreve
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