dia 44

o desenho momentâneo e efémero de um relâmpago a despenhar-se sobre o mar
ranhura luminosa e fugaz no firmamento como se de uma porcelana a quebrar se tratasse
ou dum corpo tatuando uma fissura que lhe abrisse o torso por onde a alma saísse num clarão tão intenso e breve que apenas uma poalha de luz espirrasse


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