ou que silêncio num outro silêncio
quando madrugadas há que não terminam nunca de amanhecer
estas coisas espalhadas pela alma
e uma janela aberta para um mar enlouquecido
por onde o olhar se incendeia em correria
sem açaime nem trela nem dono
a sede de morder o horizonte
de o ferrar até ao rasgão
para que céu e oceano se despenhem de vez
e vermos como seria tudo isto
emaranhado no caos
na tempestade derradeira
no limite de um verso às portas de um silêncio tão denso
que o próprio breu se cala
e onde a poesia expira
Sem comentários:
Enviar um comentário