ver um sonho de perto
provar-lhe os cheiros
e levar um resto da promessa numa garrafa
depois trabalhar o esquecimento como um enigma
escondê-lo num fundo
até ao dia em que a memória
por uma razão oculta
se eleve de novo até à lembrança remota do que os olhos viram e a boca bebeu
então haverá uma história para contar
nada preenche o silêncio como uma história que se conta
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