dia 167

o sol nasce no plágio rotineiro do que foi o primeiro dia há mil noites atrás
e as horas passam imparáveis uma vez mais com a força esmagadora da rotina e da inevitabilidade

no entanto
existe nas catacumbas das madrugadas
um breve instante em que o próprio tempo se suspende
e aí
no largo lago da solidão
o silêncio é tal que lhe sentimos as brumas por entre os dedos

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