viste um solo lunar, queimado pelo frio e pelo silêncio, deserto, petrificado em tempo, como se por magia o cosmos tivesse abrandado a tal ponto que só um olhar que alcançasse milénios detetaria mudança,
viste as pedras amolgadas por um glaciar já desaparecido, roçando o céu azul e quieto, sentiste o que sempre sentes quando o abismo se te aparece,
rendição, comunhão.
bem que tentas escrever tudo isso, de todas as vezes, de cada vez, sempre,
e como de costume, não consegues palavras que captem isso, essa coisa, esse deslumbre, essa vertigem
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