lamento não ser fogo
e o sangue do poema era sujo e lamacento
como a água nas poças esquecidas do inverno
estas minhas leituras fugazes e ocasionais
despertam por vezes a sensação antiga de que outras vozes há que desconheço por inteiro
como se nascessem de um outro caos que não babel
há qualquer coisa que estremece entre o silêncio e o ruído
uma entidade inominável
Sem comentários:
Enviar um comentário