o despenhar do espírito nas águas profundas do esquecimento
são os gestos solitários dos loucos
o desespero de ter no corpo um outro corpo feito de fogo a querer sair
são os uivos
as fúrias que mordem a própria língua e que rangem os dentes até quebrarem
são os poemas
as ânsias que se escapam pelas palavras como os pássaros assustados pelo tiro da espingarda
és tu
a fruta doce do verão e o aconchego de um cobertor no inverno
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