correr
beber um café
olhar aquários vazios
ler de novo os livros que te marcaram
pontapear uma bola
comer um pacote de bolachas inteiro
ou então inventar um passado
mentir a propósito da cicatriz que tens no braço e da pequena falha no sobrolho
lembrares de que nunca foste loiro nem tiveste olhos azuis
que a tatuagem no ombro se apagou porque na verdade nunca a fizeste
queimares os cadernos de poemas no grande incêndio romântico da tua imaginação
ou então
em vez de tudo isso
ires dormir
que já é tarde
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