A ideia de um paraíso algures. Uma praça ajardinada com pombas a debicar por entre a relva, uma súbita chuva de madrugada, uma onda mais longa na praia deserta do Outono. Relembrar as montanhas esculpidas pelo Homem e o seu louco sonho de semear sol e colhê-lo mais tarde em forma de uva ou de um outro fruto prometedor. O silêncio imenso do teu sono quando o velo ou ainda, o sentimento avassalador de te amar sem saber como ou porquê. A paz da solidão de certos momentos ou de uma partilha fraterna de sorrisos. A calmaria de um livro já lido mil vezes face ao turbilhão encarcerado de outros por ler. A ideia de um paraíso logo após as palavras e o ponto final ou a chuva miúda das reticências...
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