Dos silêncios forçados pelas decapitações, brotam muitas vezes vozes ainda mais profundas e duradouras. A seiva lavra no invisível, no olvido momentâneo, no negrume dos âmagos, na quietude imensa das cavernas. Não há grito maior do que aquele que é atirado pelo símbolo, pela metáfora, pois ele resvala pelo mundo inteiro ecoando em cada esquina, em cada beco, em cada ravina, projectado como sombra infinita à hora do zénite perfeito.
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