Ele não sabia o que se tinha passado dentro daquele quarto. Mas incrivelmente sabia o que não se tinha passado. A ver se me explico: do que se passara lá dentro não sabia nada, mas enquanto olhava a porta fechada do quarto, caiu-lhe em cima, como uma torrente infinita de informação, tudo o que não se passara lá dentro. De todas as possibilidades, da incomensurável quantidade de acontecimentos possíveis, todos eles clarearam-se-lhe na mente, excetuando aquele que de fato tinha acontecido. Imagine-se, de repente, como um clarão de um relâmpago, tudo o que não se passara dentro daquele quarto era-lhe revelado.
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