Havia, ao longe, um muro eriçado de lascas, era a tinta que se descascava ao ritmo das sombras, do vento, do sol, do frio e do tempo. Por trás desse muro uma casa velha e abandonada espreitava penosamente por entre eras e musgo. As janelas já sem vidros engoliam um negrume espesso e silencioso. O telhado destelhado descobria barrotes de madeira escura e quebrada, vigiados por um esboço do que fora, em tempos, uma chaminé e que era agora nada mais que moradia de um ninho de cegonha pobre e esquecido.
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