Tem a cor do céu pouco depois de chover. Um cinzento que desvanece em morrinha. Os olhos ainda enevoados de juventude e um jeito de se esgueirar como a penumbra. Maleável como felino que é, serpenteando nos cantos, nos becos, nas esquinas da casa, em cada quarto entre cada objecto que de obstáculo transforma em brincadeira. Doce breve, macio como uma carícia. É gato quando está e é gato quando não está. Mia e ronrona, come e dorme, salta e aconchega-se a nós numa dança que nos vai teimosamente ensinando.
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