Chega-te à pele o resvalar do fim da tarde. Como um sopro. Mais um dia desvanece. Se pudesses por algum truque de magia, ver o tempo como quem vê as coisas que se vêem, notarias um mar imenso banhando tudo. Entenderias, por fim, o segredo das marés invisíveis e os mistérios da luz e das sombras. Na hora da penumbra, o poente é o instante que se estagna um pouco mais, suspenso num breve momento que se escapa. Tempo dentro do tempo, como na lírica, a poesia dentro das palavras. .
Sem comentários:
Enviar um comentário