Ao fim da tarde, sentado na penumbra da sala, após mais um dia vazio, é quando a ideia o atormenta mais. É nesse particular momento do dia que a lembrança dos serões solitários (mesmo quando tinha companhia) o visita. Agora está só mas não está solitário. A solidão é uma certa melancolia que se eleva de dentro, sustentada por um sopro inexplicável. Sente-lhe falta. Porque a solidão combate-se, a golpe de lágrimas, poesia ou whisky. Já o estar só não se combate, desvanece-se em apatia, afunda-se.
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