vai roendo o murmúrio que arde furtivo e lavra por dentro
e quando a poesia não chega
ela escreve-se sozinha
nasce nas catacumbas da alma
medra até se revelar ao espelho que nos devolve o ser
e diante desse pesadelo ou abismo
tudo se sabe
e só se acorda quando nos lançamos
como se na vertigem dessa queda
regressássemos a nós
mesmo quando os regressos são obra de toda uma vida
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