A tua escrita (para além de quase inexistente) é incapaz de descrever. Dirão os modernos que é minimalista. Mas sabes bem que é somente pobre. Poderá ter algum mérito no rasgo intuitivo que brota de um rasgo ocasional, mas, no fundo, é deserta.
Deve-se isso à tua falta de disciplina, de entrega e de coragem.
Descrever alguma coisa dá trabalho.
Preferes o conforto da inspiração fortuita. E, mesmo essa, surge cada vez mais espaçada.
Talvez te agarres à crença de que a poesia escolhe quem quer, e a que te calhou em sorte e em palavra é essa coisa indizível na verdade. Escreves os teus pequenos falhanços.
falhanços
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