Nisto das palavras o vício funciona ao contrário: é a ausência delas que faz mal, que vicia, que prende. Escrever é o difícil, é a recuperação, a limpeza. Há demasiado tempo que o silêncio me deita abaixo, me adia, me envelhece, me emudece.
Hoje recomeço, gravo mais uma promessa que espero definitivamente não ser vã, recuso a quietude e a inércia do papel em branco. Hoje escrevo uma palavra de cada vez. Amanhã, se não recair, voltarei e depois uma vez mais e assim até ao sempre, um dia de cada vez, letra a letra.
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