sempre um lento passar de versos
nas noites que escolhes não escrever
como se as palavras nascessem num canto esquecido
e serpenteassem pelas sombras que cresceram desde o poente
e em ti um silêncio enorme sobre um outro silêncio já velho
mudo na eternidade do teu próprio adiamento
resta-te a lembrança baça do que foi perderes-te num poema
e brotares do outro lado da página
com uma tempestade nos olhos
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