No teu imaginário, algures entre o sonho e o desejo, sempre esteve uma fuga para longe. Lançares-te assim para a solidão mais profunda através do embarque irreflectido. Partires para onde reina o silêncio e a água escura dos oceanos ou o negrume eterno do universo. Acomete-te a vertigem dos navegadores antigos e dos astronautas modernos. Há momentos intensos que acontecem dentro de ti, um chamamento, uma total entrega à imagem irreal de uma paisagem sem horizontes. Sim, isso, uma paisagem sem horizontes, banhada somente pelo infinito e pela paz derradeira da alma, da entrega, da rendição.
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