O vulcão não é um aviso sobre um possível fim do mundo ou a nossa frágil condição perante as forças da natureza. O mundo há-de acabar, é algo que está escrito desde o início, não só inscrito nas constatações da ciência como também nas mitologias das crenças. O mundo há-de acabar.
Nós acabaremos antes. Não sem a luta da sobrevivênca que nos foi tatuada nos inícios dos inícios (a nós e a todas as formas de vida). Essa luta está perdida logo à partida mas algo nos compele a não abdicar. Não ponho nisto nenhum tom trágico, a vida continuará algures de uma qualquer forma e o universo há-de parar de se expandir para se recomprimir de novo até à nova explosão cósmica. Creio profundamente que tudo se repete. Menos cada um de nós. Ainda bem, a poesia é assim bem melhor.
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