não, vim
voltar é um outro caminho com outra laia de bagagem
é carregar a imensidão de eus que se avoluma a cada instante
amalgá-los no caldo quântico e imprevisível da alma do espaço e do tempo
e ao voltar descarregar todo esse peso de infinito
desmoronando-se sobre o próprio regresso
como uma avalanche do espírito e as torrentes bíblicas do passado
o que eu fiz foi vir
e vir é brotar do nada
emergir como as aparições fantasmagóricas
figurar como aquelas coisas que são antes de alguma coisa ter sido
um nevoeiro que quase não chega a ser
vim e é só
Sem comentários:
Enviar um comentário