no silêncio sigo-te quieto
e no escuro sem ver
vejo-te ainda assim
como se o teu desenho se revelasse por entre a penumbra
e a silhueta que és vai saindo da cama em direção à porta
antes do teu regresso
o que é nosso paira sobre o quarto
e dura uma madrugada
ou um sonho febril
quando voltas
e o leito balança como quem entra num bote
desatracamos de novo e rumamos pela noite
sem compasso nem bússola
sem estrelas nem destino
navegar é já de si um desígnio
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