a tua ilha no meu mar
curva num horizonte sem lua
erguida como a encosta de um rochedo
teu sono e meu velar
no silêncio das falésias definitivas
meu mergulho adiado
preso ao deslumbre por um fio tão fino que me despenho já
que me precipito sempre
irremediavelmente pendidosorvido pela lei da tua gravidade
pelo canto do teu sono de sereia
a tua ilha no meu mar
eu submerso de ti
a dar com a maré baixa da tua praia
teu marinheiro
teu náufrago
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