rumor

não tem fim o rumor que te percorre a alma, estende-se para lá de ti, como sombra projectada por um sol oblíquo. ele é já futuro com um avanço subtil sobre o teu presente mas, ainda assim, um avanço. vais sendo enquanto que o teu rumor já foi, é e será. no fundo, é tudo uma questão de tempo e modo verbal. e nessa matemática transcendente, sabes que escrever é inútil. de qualquer forma, escreves. também os há os que vão pelo seu próprio pé para o cadafalso.
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L.C.

de um verso de Leonard Cohen

Perdida. Ia à estação encontrar-se com os comboios todos. Os trilhos desertos, ofereciam-lhe um sentido ou o outro, sempre era mais que a possibilidade de ficar onde estava. E numa estação, é sabido, mesmo que um comboio não pare, por lá passa de certeza.
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Dos deslumbramentos

A cada episódio, novo assombro.

R&R

Na panóplia de sentimentos e emoções, gestos, testamentos, poesia e afins, que o rock fucking roll exprime, há um que nos comove a todos (ou devia) quando os acordes de uma guitarra/piano/baixo explode ou quando a voz/verso/grito rebenta. esse "um" é a liberdade.




















Mudo e virgem

um ano

Dir-se-ia que o mundo, à imagem da folha em branco, está deserto. Silêncio e quietude. Trata-se de um exercício. No início seria algo do género suponho. Um espaço mudo e virgem.
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Dos deslumbramentos

Tanto a dizer sobre uma imagem destas. Do nó da gravata à careta dela. O desfecho natural seria esganá-lo. Mas como se lhe é tão adorável? Até ao dia...


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