José e Pilar

José e Pilar. Não quis ir ver ao cinema. Vi-o este fim-de-semana em casa com a Lira, no escuro. É sempre interessante termos a prova de que os imortais também são feitos de pele e osso, e que vão sendo carcaças como nós. E é bonito ver-se uma história de amor, com os seus limites terrestres e os seus infinitos de espírito.
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A crença

Chegou à conclusão que os conselhos que nunca lhe deram, fazem-lhe tanta falta como aqueles que lhe foram atirando. Poderá ter sido muita como nenhuma. A verdade é que cada decisão que acabou por tomar foi baseada num instinto. Instinto esse baseado na crença irresponsável de que há uma escapatória a tudo. As crenças são mesmo assim: irresponsáveis. Não têm de ser de outra forma.
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Decapitação

No turbilhão já gasto do meu atraso, está o Moby Dick, o Medo do Al Berto, o Ofício Cantante do Herberto Hélder e um livrinho engraçado do Woody Allen (Side Effects). Junto-lhe agora o "Leite derramado" de Chico Buarque.
São tudo livros que vou lendo aos soluços.
De resto, não tenho escrito nada. É assim, os desertos semeiam-se a eles próprios, e é complicado medrar o que quer que seja em chão árido.
Não são queixas nem lamentos, são o que são, que não sei que sejam. Como disseram os pais de Swift "Let the saw do the work"... até à decapitação final.
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