nuvens

nuvens
leves e suaves escamas de céu
frutos de um outro mar
seres de um oceano etéreo

ora esfumam-se ao longe em suspiro de sol
ora esvaem-se em chuva de prantos invernais

quando à terra descem feitas neblina e brumas sebastiânicas
é um outro rei que se vislumbra
Artur e sua derradeira espada

Excalibur
é na verdade uma pena com toda a poesia possível
Camelot e os cavaleiros
um caderno vazio e uma irmandade de poetas

as nuvens não são nuvens
são a promessa da infinita beleza da liberdade e de todos os versos por dizer
são o lugar preciso entre o silêncio e o uivo ancestral da poesia

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