A última carta - o romance inexistente

A ideia tem 20 anos mais ao menos. E foi evoluindo. Obedeceu às leis da metamorfose. Tendo nascido na minha adolescência, obviamente que o princípio é romântico e ingénuo. Seria um romance mas a verdade é que se ficou por três capítulos até agora, reescritos várias vezes ao longo destas duas décadas.
Uma historia de amor pois claro.
Um homem e uma mulher e a ideia do amor. Esta é a estrutura.
A preguiça, o adiamento, a falta de jeito e talvez um medo profundo de me entregar à escrita, remeteu a história para os calabouços da alma.
Os nomes não mudaram desde a nascença, ele Pedro, ela Lara. Sem razões óbvias a não ser que para ele escolhi um nome banal, para ela um nome menos usual e que soa bem.
O ponto de vista é dele, ela sempre ausente, apenas lembrada. Toda a história é um relembrar e paira um segredo que nem eu conheço, uma ruptura brusca por explicar.
Recuso biografias de qualquer leitura, até porque tudo isto tem 20 anos e há 20 anos eu não tinha vivido nada ainda e o que me movia era uma imaginação romanticamente lamechas como convinha.
Mas mesmo já nessa altuta havia uma preocupação (atabalhoada) com a escrita e a palavra, um exercício estético.
Deixo aqui a ligação do que já tinha publicado há uns anos no blogue. 
Para se perceber bem a coisa e a tal lei da metamorfose, sobre isto, mentalmente, já escrevi tudo e a coisa já é uma trilogia de romances. Um desperdício portanto, uma pena.


Sem comentários: