Eterno sabor a nada

Sabia a pouco o vento naquela noite. A solidão sabe sempre a pouco. Melancolicamente a pouco. Porque quando não se está só, quando a alma comunga, nem que seja em silêncio, o paladar encontra-se cheio, distraído com tanto sabor diferente. Mas no silêncio, no aperto de se ser deserto, o gosto das coisas é nada. O infinito será isso, um eterno sabor a nada.
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