Regresso

Regresso. E os regressos sabem a nada, que é como quem diz: a tudo. O sal e o sol ainda na pele dissolvem-se aos poucos na rotina. Mas partir também é rotineiro, tal como regressar. Afinal, reconheci-me lá no sul, onde tive tempo, que é igual a não ter tempo algum e a desligar-me um pouco de tudo, a adiar-me. O sorriso dela comigo foi a única âncora à realidade (isso e um livro de Mia Couto comprado em Lagos, o Al Berto só saiu da mala para enfeitar a mesinha de cabeceira), mas a realidade com ela é feita de sonho. Vou sonhando, portanto.
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